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Poupança 60%

Escrito em 20 de janeiro de 2021

A menstruação é um tabu social histórico. Desde sempre mulheres de todo o mundo criaram soluções engenhosas para que o fluxo menstrual não as privasse de ir à escola ou de ter um emprego.
Desde o papiro no Egipto, à lã em Roma, aos panos na idade média, até ao penso higiénico descartável do século XX. Todas estas evoluções tecnológicas (nunca mencionadas nos livros de histórias) são cruciais para entendermos o papel das mulheres nas sociedades.
A diversidade de produtos menstruais descartáveis a que temos acesso hoje acompanhou os padrões de consumo do último século.

O tabu persiste: a menstruação continua a ser uma coisa suja que temos que "higienicamente" descartar.

Atualmente uma consumidora de descartáveis menstruais gasta em média 25 destes absorventes em cada ciclo. Ou seja, pode chegar a utilizar mais de 10.000 descartáveis em cerca de 35 anos de menstruação.

A acumulação de lixo menstrual começa a destacar-se de entre todo o tipo de desperdicio que produzimos e o planeta exige que nos tornemos mais responsáveis pelos nossos consumos.

Urge uma nova revolução de costumes e uma nova visão da menstruação desestigmatizada.

Nas últimas décadas vemos surgir novas soluções de absorção menstrual reutilizáveis, inspiradas em exemplos históricos ou novas invenções com as funcionalidades práticas, ergonómicas e de conforto dos industriais mas com tempo de utilidade muito superior.

A validade mais extensa de um penso reutilizável também permite uma poupança económica significativa ao longo da vida.

O acesso e o custo dos produtos de utilização única são também fatores limitantes para muitas mulheres, não só em países menos desenvolvidos.

Foi por isto que nasceu a TRAPOS.